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Brasil é o país que mais utiliza site de traição; mulheres são maioria

Deu Match!?

28/11/2018 04h00

CEO da Ashley Madison segue confiante para a expansão da plataforma no país. Foto: Divulgação

Do sexo ruim a um ambiente mais liberal, são muitos os motivos pelos quais a plataforma Ashley Madison triunfa no Brasil, de acordo com o CEO do serviço Ruben Buell. A plataforma, criada em 2001 nos EUA, é dedicada a pessoas comprometidas que usam a rede social para dar a famosa pulada de cerca.

Em visita a São Paulo pela primeira vez, o CEO estava ansioso para conhecer o país, e não é para menos. O Brasil é o país que mais usa a Ashley Madison em todo o mundo. Só no mês passado, foram cerca de 150 mil encontros realizados em terras brasileiras graças à plataforma. De 2017 para cá, o site teve um aumento de 1,5 milhão de usuários.

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"Infidelidade sempre existiu, mesmo antes do Ashley Madison, e continuará a existir depois. A ideia da plataforma surgiu com nossa percepção de que pessoas casadas eram muito ativas em sites e apps de relacionamentos, fingindo que eram solteiras. E isso é uma questão que persiste, já que pesquisas mostram que, nos EUA, mais de 50% dos usuários do Tinder são comprometidos", afirma Ruben.

Assim, o diferencial do Ashley Madison é oferecer uma plataforma na qual as relações entre usuários são mais transparentes e em que todo mundo está na mesma situação. No mundo todo, são mais de 20 milhões de usuários, um número que só deve crescer, na percepção do CEO, pois, segundo ele, a infidelidade é algo cada vez mais comum, especialmente entre as mulheres. Aqui no Brasil, o número de usuárias mulheres é quase o dobro do de homens.

"As pessoas utilizam o site por diversos motivos, e alguns deles surpreendem. Por exemplo: uma pesquisa recente que fizemos com os usuários mostrou que muitas mulheres que usam a plataforma se consideram felizes em seus casamentos e não têm nenhuma intenção de deixar seus companheiros, porém, buscam a satisfação sexual fora do casamento. Assim, para elas, o uso do site é simplesmente uma maneira de terceirizar a intimidade física, que pode estar faltando no relacionamento, mesmo sem intenção de terminar o casamento", explica o CEO.

Pulada de cerca brasileira

No Brasil, os estados que mais reúnem usuários são São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, nos três primeiros lugares. A idade média dos usuários homens é de 33 anos. Mulheres, 32. O horário que mais bomba no site é às 23h.

"Embora o Brasil possa ter uma sociedade considerada conservadora, parece que os brasileiros são um pouco mais liberais entre quatro paredes, já que os números do site só aumentam no país. Também ressaltamos que 48% dos nossos membros brasileiros estão entre os 30 e 40 anos de idade, o que nos diz que eles estão percebendo que a vida de casado não é necessariamente o conto de fadas que eles pensavam que fosse. Por isso, os usuários veem nossa plataforma como um local no qual eles podem encontrar pessoas que pensam de maneira parecida e satisfazer aspectos que podem estar em falta em seu relacionamento", finaliza Ruben.

Para 2019, a Ashley Madison planeja investimentos no país. Novas formas de pagamento, mais promoções e melhorias nos algorítmos  são apenas alguns dos elementos que a equipe da plataforma sinaliza para tornar a experiência de pular a cerca ainda mais fácil para os brasileiros.

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