As maravilhas de sair com casais do Tinder: usuários indicam a experiência
Quando o usuário desliza para a direita no Tinder, o objetivo é único: dar match com aquela pessoa e viver uma história de amor (ou só uma boa noitada, mesmo). Por outro lado, existem os adeptos do poliamor, aqueles que encaram o afeto e o contato íntimo de maneira mais abrangente, com espaço para se relacionar com mais de uma pessoa. E não são poucos os que usam os aplicativos de relacionamento para encontrar um casal para chamar de "seu".
É o caso do web designer Pedro Lucas, de 24 anos. Pedro é usuário de Tinder há dois, e já soma mais de quatro como adepto do poliamor. Frequentador de casas de swing e festas liberais, ele diz que não é difícil encontrar casais com perfis em aplicativos procurando uma terceira pessoa.
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De acordo com a experiência dele, existem casais de todos os tipos nos apps, com diferentes níveis de experiência nesse tipo de relação. "Já conheci muitos casais, principalmente no Tinder. Jaumo, Par Perfeito e Sexlog também são outros bons aplicativos para esse tipo de fim. Os casais costumam ser bem francos, colocam na descrição se ainda são iniciantes, se são experientes… Geralmente, os iniciantes estão ainda confusos, é normal até rolar um certo ciúme, mas depois acaba rolando. Os experientes são mais diretos, até mesmo na hora de marcar o local do encontro", explica ele.
Em muitos casos, tanto o usuário que busca um casal, quanto os próprios cônjuges, estão apenas em busca de sexo casual, ao iniciar um contato via app, mas não é regra. A estudante Mayara Araújo, de 20 anos, já esteve em dois relacionamentos sérios com casais que conheceu em apps: um que durou um ano e outro seis meses. Também usuária do Tinder, ela afirma que os valores que ela busca em uma relação independem se ela é monogâmica ou poliamorosa.
"As pessoas acham que por entrar em uma relação poliafetiva a gente vai sair traindo por aí, pegando todo mundo, e não é assim que funciona. É um namoro normal como qualquer outro. Ainda assim, não é fácil, pois são duas pessoas com gênios diferentes que você tem que saber conviver", diz ela.
Na visão de Pedro, a liberdade é o maior diferencial de se relacionar com um casal. "Ao sair com uma pessoa só você tem que ser bastante ponderado, e até fica com certo receio de falar algo que a pessoa não goste. Com um casal é tudo mais livre, você pode falar de amor, vida pessoal, sexo, tudo sem barreiras", diz.
É por essa busca por liberdade que a administradora Cristina Arana, de 28 anos, resolveu experimentar a relação com casais. Ela ainda não encontrou o match certo, mas continua ativa em sua busca por um casal nos aplicativos. Atual usuária de Tinder e Happn, ela conta que já conversou com alguns casais, mas que ainda não se sentiu segura para sair com eles. "Os casais que falei ainda estavam tentando entender a dinâmica de adicionar mais uma pessoa na relação, e eu estou em um momento que não quero cobranças ou problemas, gostaria mesmo de só curtir e experimentar coisas novas. Por isso, ainda procuro um casal que seja seguro de si e que não gere dor de cabeça para mim nem para eles mesmos", conta.
A dica que Mayara dá para quem experimentar este tipo de relação é ter calma. "As coisas acontecem com o tempo. Não adianta encontrar um casal e não ter compatibilidade com eles. Também é interessante pesquisar sobre poliamor, assistir séries e filmes sobre o assunto. Por fim, se uma relação amorosa não der certo, talvez a amizade aconteça", diz ela.
Pedro complementa com conselhos de ordem mais prática. "Eu prefiro conhecer o casal antes em algum local público depois do contato no app, e não ir direto para a casa deles. Então recomendo fazer isso. Conhecer o casal a fundo também é muito importante antes de estabelecer qualquer vínculo", conta. Por fim, para quem está indeciso se embarcar num lance com um casal é uma boa, o webdesigner recomenda se jogar. "É ótimo! Não só para a autoestima como para abrir a mente."
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