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Deu Match!?

Usuária impede suicídio de match e vai parar no aniversário da avó dele

Deu Match!?

22/08/2018 04h00

Joana guarda um grande aprendizado de sua história (Foto: Pexels)

Nem todo match do Tinder é o que parece. A administradora Joana Lima, 28, conheceu um pretendente e teve várias surpresas em seu relacionamento com ele.

Joana conheceu Carlos* em junho do ano passado, pelo Tinder. No início, Carlos era o pretendente dos sonhos. Engraçado e bonito, o papo rolava por horas e todos os assuntos fluíam. "A gente conversava sobre tudo, o dia a dia, faculdade, trabalho, relacionamentos antigos. Foi quando ele deu uma comentada sobre a ex, e disse que tinha depressão e fazia tratamento", conta ela.

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Porém, as coisas foram ficando estranhas, segundo Joana. "Do nada, ele surtava. A coisa mais estranha que aconteceu foi depois do nosso primeiro encontro. Um tempo depois, ele foi supergrosso comigo, mandou mensagem falando que eu iludia as pessoas e que ficava com elas mesmo sem gostar", explicou Joana, pouco depois de contar a Carlos que já tinha tentado se relacionar com um cara por quem ela não era apaixonada.

Um tempo depois, o moço reapareceu pedindo desculpas, dizendo que tinha exagerado. Também agradeceu por ela não ter cortado contato. Após o desconforto, Joana e Carlos continuaram a sair, até transaram e o inesperado aconteceu. "Pode me julgar, mas eu estava me apaixonando. O problema foi que descobri que ele estava transando com outra moça, então decidi cortar a relação. Não acreditei quando ele disse que era só amiga", relembra.

A vida passou e Joana conheceu outro boy, e já nem lembrava de Carlos, até que ele mandou uma mensagem estranha via WhatsApp. "Ele me disse adeus, agradeceu por tudo e mandou uma foto de três cartelas de remédio vazias. Pediu desculpas e falou para eu não me sentir culpada. Eu disse que não me sentia culpada, afinal, eu não havia feito nada."

Joana temeu pelo pior. "Cheguei a pensar que estava tudo bem, porque conversamos por um tempo sobre outras coisas, mas do nada ele parou de me responder. Esperei umas três horas. Eu o tinha no Facebook. Então, fucei em tudo para ver se encontrava o contato de alguém, até que achei a mãe e a irmã dele", conta Joana.

Ela mandou mensagem para as duas e, conhecendo o histórico de Carlos, a irmã dele foi voando ao apartamento dele checar se estava tudo bem. Felizmente, ele não havia tomado os remédios. "Ele me mandou mensagem, agradeceu por ter avisado a família dele, e disse que a irmã queria me conhecer, então fui encontrá-la". E lá foi Joana ao shopping encontrar com Marina, irmã de Carlos.

Marina agradeceu Joana e, do nada, a chamou para participar da festa de aniversário da avó deles. Quando Joana percebeu, ela já estava no meio da comemoração de 83 anos da senhora. "Foi uma situação muito estranha, ainda mais que eu odeio conhecer família, porque sempre acho que pode dar errado. Eu era a única ali perdida. Quem vinha falar comigo sempre tocava no assunto da tentativa de suicídio do Carlos, um monte de gente me agradeceu", diz.

E engana-se quem pensa que era um festão. "Era só um bolinho… acho que só tinha umas dez pessoas lá."

Depois dessa situação toda, Joana cortou quase completamente o contato com Carlos. Dois meses atrás, eles se reencontraram e, segundo ela, Carlos parece estar melhor. "Fiquei feliz de vê-lo bem, fazendo academia e, agora, tomando os remédios certinho"

Alguns chamariam a história de Joana traumatizante, mas ela não perdeu a fé no amor (nem no Tinder). Ela ainda continua no app, procurando alguém.

*nome fictício

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