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Deu Match!?

Febre entre solteiros, estes jovens nunca usaram um app de relacionamento

Deu Match!?

15/03/2019 04h00

Se você tem mais de 18 anos e está solteiro, é muito provável que, assim como muitos dos seus amigos, tenha recorrido a algum aplicativo de relacionamento, procurando namorar, paquerar, ficar ou, simplesmente, flertar.  Porém, há uma galera que nunca usou desse artifício para conhecer alguém, nem por curiosidade.

O estagiário Bruno Meireles é um exemplo disso. O jovem de 24 anos conta que, a princípio, não se interessava pelos apps por preconceito e problemas relacionados à autoestima. "Como fazia parte de um grupo meio nerd, não aproveitei a escola para ficar com meninas e perder a virgindade, como outros meninos fizeram. Isso, naturalmente, mexia com a minha autoestima", resume.

A visão que ele tinha sobre os apps, baseada tanto nas próprias observações como nos comentários de colegas, dizia que o importante nessa ferramenta era a imagem. Para Meireles, era nítido que se alguém tivesse que optar entre um bom papo e estética, o segundo seria dominante.

Atualmente, Bruno namora há um ano e cinco meses com Beatriz, a quem conheceu no antigo trabalho. Ele diz que, mesmo que voltasse a ficar solteiro, não instalaria um aplicativo de relacionamento, porque gosta de relações que começam, nas palavras dele, de um jeito natural, com atração, afinidade e amizade, como a que está vivendo agora.

"Hoje ainda não arriscaria, mas por não ter paciência para começar totalmente do zero: ir atrás de alguém, sondar, ver o que vai acontecer, descobrir tudo o que a pessoa gosta, fingir interesse e fazer todo aquele teatro para, muitas vezes, chegar a lugar algum", diz Bruno.

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Tímida, a fotógrafa Andreza Alves prefere relações que comecem espontaneamente. Crédito: arquivo pessoal

À moda antiga

Andreza Dias Alves aponta a timidez como principal causa para nunca ter se interessado por aplicativos de relacionamento. A fotógrafa de 24 anos afirma que não se sentiria confortável de chegar em alguém dessa maneira nem de ser abordada por esse meio, por considerar tudo muito direto.

"Sou jovem, mas acho que nasci na época errada. Sem moralismo, mas associo os aplicativos à falta de profundidade. Tudo bem para quem curte se relacionar dessa maneira, quando ambos estão de acordo, mas não é meu perfil", argumenta Andreza.

Solteira há sete meses, ela prefere se surpreender com histórias que possam acontecer ao acaso, gosta da sensação de encantamento de envolver-se aos poucos com outra pessoa. "Incomoda essa questão das coisas estarem postas, de sair com o intuito já de se envolver, de ficar, mesmo. O que me atrai é a forma mais natural das coisas, sabe?"

Sintonia na paquera

Mariana Lopes, 23, vai na mesma linha de pensamento. A analista de eventos namora há um ano e conta que, antes disso, durante um período solteira que durou cinco meses, nem passou pela cabeça dela instalar um aplicativo de relacionamento. "Acho que os apps têm, em sua grande maioria, um cunho sexual mais elevado do que uma questão amorosa", pontua.

Ela considera importante conhecer pessoas naturalmente, no dia a dia, e sentir que há uma conexão verdadeira. "Não me vejo em app de relacionamento mesmo se ficasse solteira hoje. Conhecer naturalmente te leva a atrair pessoas que tenham mais afinidade com você, que estão em lugares que você gosta e com uma vibração energética mais próxima da sua", avalia Mariana.

A analista de qualidade Bruna Rosa não descarta usar apps de relacionamento no futuro. Crédito: arquivo pessoal

No futuro, quem sabe?

Solteira há cerca de seis anos, a analista de qualidade Bruna Rosa, 28, diz não rejeitar o uso dos aplicativos, mas que nunca os usou por falta de interesse na ferramenta. "Sou de família evangélica e sempre fui ensinada a esperar por uma pessoa que fosse da mesma doutrina. Depois de um tempo, parei de crer nisso, e passei a acreditar na ideia de que eu teria que ficar com alguém que gostasse das mesmas coisas que eu, fosse legal e que não vivesse grudado em mim".

Outra razão alegada por Bruna está ligada também a essa mudança de comportamento. Após algumas desilusões amorosas, a jovem aprendeu que antes de pensar em encontrar alguém, deve pensar na própria felicidade que, para ela, inclui carreira, família e os sonhos que deseja realizar. "Não fecho as portas para esses apps, mas neste momento estou totalmente focada nos meus objetivos de vida".

Por Eligia Aquino Cesar, colaboração para a Universa

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