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Deu Match!?

Como é o Bumble, app de relacionamento em que só a mulher toma a iniciativa

Universa

08/03/2019 04h00

 

Crédito: iStock

Em 2014, Whitney Wolfe, uma das co-criadoras do Tinder, fundou o Bumble. O grande diferencial desse aplicativo de relacionamento é que o primeiro passo parte da mulher. Funciona assim: após o match cabe a ela, em até 24 horas, enviar uma mensagem ao crush –e ele terá também um dia para responder. Se nos períodos determinados não houver troca de mensagens, a conexão desaparece para sempre. No caso de homossexuais, qualquer um dos dois pode tomar a iniciativa, mas respeitando a mesma regra em relação ao período entre o primeiro contato.

No Brasil, o aplicativo ainda é pouco utilizado, o que pode ser considerada uma desvantagem para alguns. A estudante de Relações Públicas, Ivethe Albergaria, conta que chegou a usar o Bumble. "Só para fazer amizade com meninas, já que na categoria de relacionamento não tinham muitos homens cadastrados". A mesma impressão teve o jornalista Tiago Silva. Ele afirma ainda que, por conta dessa escassez de perfis cadastrados, acabou encontrando no Bumble algumas pessoas que já tinha visto no Tinder, por exemplo.

Apesar disso, todos os entrevistados foram unânimes em afirmar que o público desse aplicativo é mais interessante do que o que eles viram em outros apps.

A produtora de eventos Amabile Lima acredita que a mulher estar à frente da situação afasta homens que tenham abordagens desagradáveis. Quer saber um pouco mais? Veja a opinião de algumas pessoas que já usaram o aplicativo:

A pedagoga Amabile Lima: "Parece que os homens têm um pouco de receio com as mulheres que tomam a iniciativa". Crédito: arquivo pessoal

"Eles têm receio de mulheres que tomam a iniciativa"

"Baixei o Bumble depois de ter visto o app no filme 'Do Jeito Que Elas Querem' (2018), porque achei interessante essa questão da mulher fazer o primeiro contato e por ele te dar um prazo para falar com o rapaz e para a resposta também. Gosto muito das mensagens de incentivo do site e a forma divertida como avisam que há novos pretendentes para você.

Ainda não saí com ninguém do Bumble. Parece que os homens têm um pouco de receio com as mulheres que tomam a iniciativa. Infelizmente, para muitas pessoas ainda é um tabu usar app de relacionamento, como se isso fosse uma vergonha. Nossa vida é tão corrida com trabalho e estudo que às vezes não sobra tempo para sair. O aplicativo é legal por ajuda nessa tarefa." Amabile da Silva Lima, 32 anos, pedagoga e produtora de eventos.

"As pessoas não estão lá colecionando matchs"

"Conheci o Bumble por indicação de uma amiga e minha experiência foi bem legal. O fato da garota entrar em contato primeiro é bom porque eu já sei que há interesse, que ela não só viu minhas fotos, como também quer começar uma conversa. Não senti que as pessoas se conectam apenas para colecionar matchs. Por isso os papos renderam mais.

Mesmo não saindo com algumas garotas, converso com elas até hoje. Achei esse app mais amigável que outros nos quais você não sabe se vai ter resposta ou não. Acho que a maior desvantagem é que chega um ponto em que você vê que as pessoas te deram match, mas só saberá quem foi se pagar. Isso faz com que se sinta meio obrigado a assinar um dos planos oferecidos pelo aplicativo." Tiago Silva, 32 anos, jornalista.

A estudante de Relações Públicas Ivethe Albergaria, gosta do app porque as pessoas são "obrigadas" a responder em 24 horas. Crédito: arquivo pessoal

"É bom pois 'obriga' a pessoa a responder"

"Fiquei sabendo da existência do Bumble por causa de dois amigos que estavam curiosos para descobrir novos apps de relacionamento e encontraram este. Eles falaram que a mulher tomava a iniciativa e eu fui atrás, já com altas expectativas. Vi isso como vantagem, porque afasta os homens que não curtem a ideia. Gostei também das respostas em até 24 horas, porque 'obriga' as pessoas a puxarem assuntos e não ficarem apenas colecionando os matches.

A única coisa que me incomodou foi a visualização dos perfis. Quando alguém tem mais de uma foto e responde algumas perguntas que o próprio app sugere, na rolagem da tela fica intercalando entre imagem e alguma curiosidade da pessoa. Isso, além de fazer com que você leia tudo picado, faz parecer que o perfil nao vai acabar nunca e quebra um pouco da empolgação na hora de usar. " Ivethe da Rocha Albergaria, 20 anos, estagiária e estudante de Relações Públicas.

O psicanalista William Júnior acredita que mulheres saem ganhando com o Bumble. Crédito: arquivo pessoal

"Eu não queria usar os apps tradicionais"

"Estava meio resistente a instalar esses apps de relacionamento mais tradicionais, até que um amigo me apresentou o Bumble e foi bem interessante. Claro que você tem experiências boas e ruins aqui também.

As mulheres com quem já tinha conversado em outros apps sempre me contaram o quanto são assediadas, mesmo quando não estão interessadas em algo casual, recebendo nudes sem pedir ou abordagens inconvenientes. Os caras não têm nem papo. Acho que o fato da mulher começar a conversa no Bumble dá uma boa podada nisso, o que é muito bom." William Pereira Couto Júnior, 31 anos, psicanalista.

"O app não serve só para relacioamentos amorosos"

"Minha irmã me apresentou ao Bumble, app que considero bem completo. Se a pessoa quer algo casual ou um relacionamento sério se cadastra no modo "Date". Meu perfil é da categoria "Bizz", voltado para fins profissionais, pois tenho um projeto de neuromarketing e quero encontrar pessoas com esse mesmo propósito. O Tinder, por exemplo, não disponibiliza essas opções. Embora nunca tenha usado o app para namoro, percebo que no Bumble estão pessoas que querem algo mais sério e não só uma coisa casual." Nathália Entringer, 21 anos, publicitária.

Por Eligia Aquino Cesar, colaboração para a Universa

Sobre o blog

Notícias, curiosidades e muitas histórias de quem já se deu bem ou quebrou a cara nos apps de paquera.

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