Fetiches do Tinder: mulheres relatam experiências inusitadas no sexo
Foi após um café da manhã pretensioso que a analista de Business Intelligence Priscila* descobriu que seu corpo poderia experimentar sensações inéditas. Tudo começou quando a jovem de 22 anos foi até a casa de Pedro*, após um match no Tinder. De cara, ainda pelo aplicativo, o boy magia contou que seu maior fetiche na cama era a prática do shibari – técnica japonesa de amarrar com cordas as partes do corpo do(a) companheiro(a) durante o sexo.
Ele me amarrou e tive tantos orgasmos que saí com a boca roxa
"Fiquei com medo, nunca passei por nada parecido antes. Minhas relações eram aquela coisa básica", contou Priscila ao Deu Match. "Apesar do receio, fiquei bastante curiosa para conhecer o que era o shibari e me aprofundar um pouco mais no universo BDSM. Pedi que ele fosse com calma e que só fizéssemos algo se nós dois estivéssemos profundamente à vontade", explicou a jovem.
Não precisou de muito. "Disse a ele que queria conhecê-lo, ver se tínhamos química antes de tentar inovar na cama". O papai e mamãe daquela primeira noite foi apimentado por massagens nos pés e o estímulo de outras partes do corpo, como a panturrilha. "Nunca imaginei que alguém poderia sentir tesão na batata da perna", riu Priscila.
"Depois da primeira noite com ele, marquei o próximo encontro para que, finalmente, testássemos colocar em prática as técnicas do shibari. Nos encontramos pela segunda vez em um domingo pela manhã. Tomamos café, conversamos, até que começamos a nos beijar. Fomos para o quarto dele e foi tudo muito natural", conta.
"Quando percebi, ele estava passando a corda por todo o meu corpo. Amarrou minhas mãos, pernas e encostou a corda em minha vulva. Mal houve penetração. Ele me tocava o tempo todo, me acariciava, me estimulava com as cordas e com um vibrador. Depois de me amarrar, pegou uma mordaça feita também de corda, me amordaçou e começou a pingar cera de vela pelas minhas costas e pernas. Ele me explicou que dizer "não" não o impediria de parar caso algo estivesse me machucando, e, por isso, precisávamos de uma palavra de segurança. Criamos uma, mas sorte que não precisei usá-la nenhuma vez".
Pedro explicou a Priscila que não é qualquer corda que pode ser usada para o shibari, e que o brinquedo precisa ser feito de fibra natural. "Foi inacreditável. Eu tive tantos orgasmos que saí de lá com a boca roxa, fraca, com as pernas bambas. Depois desse dia, passei a aceitar melhor o meu corpo. Sempre tive insegurança com meus seios, mas depois da experiência com o shibari, tudo mudou".
Adoro ser humilhado por ter um pipizinho
O fetiche do cuckold (gíria em inglês para 'corno') era uma falácia restrita aos contos eróticos na cabeça de Carolina*, de 24 anos. "Para mim, era impossível que um cara sentisse tesão ao ver a namorada ou a esposa transando com outros homens", contou a metalúrgica. Contudo, ao conhecer Baco*, 30, no Tinder, a jovem descobriu que o fetiche existe e que é bem mais comum do que parece.
"Eu e Baco começamos a conversar pelo aplicativo e o papo fluiu. Ele me convidou para ir até a casa dele receber uma massagem nos pés. Aproveitou e perguntou se meus pés eram bonitos. Respondi que sim e ele pediu uma foto", contou Carolina. "Então, ele disse que pés eram um de seus fetiches. Quando perguntei quais eram os outros, ele me encheu de artigos sobre cuckold – inclusive um deles pregava que o corno tinha que usar um cinto de castidade para não se masturbar enquanto via a esposa com outro. Fiquei chocada", disse.
Carolina decidiu aceitar o convite para a massagem nos pés sabendo que não seria um encontro comum. Baco revelou que sua maior fantasia sexual era beijar a companheira após ela fazer sexo oral em outro homem, e que adoraria usar um cinto de castidade como punição. "Ele, inclusive, me convidou para ir a uma casa de swing para que eu transasse com outros caras com ele por perto. Achei que já era demais e tentei provocá-lo com o que estava ao meu alcance. Foi quando, no meio do sexo, ele perguntou se eu queria um pau maior que o dele. Maior e mais grosso. Eu disse que sim, mas só para ver se isso o excitava. Dito e feito. Transamos, e eu, pela primeira vez, dominei o sexo – já que era o que ele queria. Foi interessante, mas confesso que não quero me aprofundar no universo cuckold", disse.
Priscila e Baco se distanciaram antes mesmo de ela realizar, efetivamente, alguma das fantasias do ex-crush. "Fiquei com medo, achei melhor parar por aqui", contou.
*Os nomes utilizados neste texto são fictícios e visam preservar a identidade dos personagens.
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