O Grindr é um dos principais aplicativos de pegação para homens, mas há quem o utilize para outros fins. Existem perfis de venda de mercadorias, como sungas e roupas de academia, outros que oferecem sessões de massagem, mas Rafael*, de 24 anos, utiliza o Grindr como seu principal aliado profissional.

O rapaz trabalha como diarista há cerca de seis meses e, por sugestão de um amigo, resolveu adicionar um diferencial aos seus serviços: após a limpeza, o cliente pode transar com ele.

Veja também:

• Rever as táticas de flerte é uma das resoluções de fim de ano dos solteiros
• Não é só Grindr:  veja outras opções de apps de relacionamento para gays
• Usuários mais velhos reclamam de preconceito em apps de relacionamento

"Estava desempregado quando resolvi começar a trabalhar como diarista. Foi um amigo que sugeriu que eu também oferecesse sexo com a limpeza. Mas não são todas as diárias que transo com os clientes, apenas algumas", afirma ele.

O Grindr é o meio utilizado pelo diarista para ofertar seus serviços, e até agora ele tem funcionado. Depois de enviar a breve descrição sobre seus serviços aos que entram em contato com ele, é comum que os potenciais contratantes peçam fotos de Rafael. Depois da troca de imagens e acerto do preço, ele vai até o local e faz seu trabalho de diarista.

A adição do sexo nos serviços aconteceu na esperança de conseguir mais diárias, uma estratégia que se provou bem-sucedida com o tempo. O jovem cobra R$ 150 por dia. E, segundo ele, faz cerca de 10 sessões por mês. O preço também é negociável, dependendo do serviço.

Para ele, a maior dificuldade é ter que ir para a cama com o cliente quando não está a fim. "Já houve algumas vezes em que tive que transar sem vontade, mas é parte do serviço, fazer o quê?", diz ele.

Mesmo assim, o jovem diz já ter acostumado com a rotina ainda que sonhe com arranjar um emprego de carteira assinada para assim deixar de fazer as diárias. Para 2019, ele planeja trabalhar em fisioterapia e/ou nutrição.

*nome alterado a pedido do entrevistado