Ela desistiu dos apps: 'Eu só queria transar, mas assustava os caras'
Deu Match!?
11/04/2018 04h00
As cantadas virtuais não caíram tão bem para a jornalista Juliana Moraes, 33, que há quatro anos baixou o Tinder e o Happn pela primeira vez. Os flertes, cujo intuito era apenas satisfazer desejos sexuais, não passavam do time de futebol. "Eu só queria transar, mas isso assustava os caras. Muitos paravam de falar comigo porque achavam que eu era muito fácil", contou a paulistana, que sempre deixou as intenções muito claras.
Um cara me disse que ser direta quando o assunto é sexo não é legal porque sou mulher
"Eu já mandava a real logo de cara, dizia que queria ir para o vamos ver. Nunca tive reciprocidade. O primeiro cara com quem troquei essa ideia disse que eu era muito direta. E quando eu perguntei se esse não era o objetivo do aplicativo, ele disse que o meu comportamento não estava sendo muito legal, afinal, eu era mulher", disse.
Juliana acreditou que o sujeito era apenas mais um machista entre muitos que ainda habitam este planeta, mas a situação continuou. "Dei match com outro cara e começamos a conversar. Quando o chamei pra sair e deixei claras as minhas intenções, ele começou a perguntar se eu não tinha medo de que algo pudesse acontecer comigo. Ele insistiu. Disse, implicitamente, que pelo fato de eu querer sexo logo de cara, poderia ser estuprada. Com esse, fui eu quem parei de falar".
Após algumas experiências desagradáveis, Juliana tentou mudar a abordagem. Passou a puxar o papo por trivialidades: profissão, o que gosta de fazer, time de futebol… "Não adiantava. O time de futebol era o fim do papo, não conseguia levar adiante. Eu sou meio boba na internet, então prefiro flertar pessoalmente. Hoje, não flerto nem pelas redes sociais. Quando comento em alguma foto é porque realmente achei legal, sem segundas intenções. Ao vivo, as coisas funcionam muito mais: pego todo mundo e ninguém enche meu saco".
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