Encontro com 'Deus' foi match mais louco de arquiteta no Tinder
Deu Match!?
09/04/2018 04h00
Foto: Getty Images
Luciana*, 30, que conheceu Carlos, um rapaz que parecia ser bem legal. Quando o bate-papo começou, as conversas fluíram rapidamente, e a dupla já trocou telefone. "Ele falava de todos os assuntos, profissão, vida, cinema, séries… Em alguns momentos, ele brincava de dizia que era Deus, eu achava engraçado e ria", contou.
Carlos e Luciana combinaram de se encontrar. Ela sugeriu uma lanchonete, mas ele preferia ver um filme do Godard. Brincadeira. A arquiteta combinou o date em um bar perto da casa dela, o que já era de praxe em seus encontros. "Ele chegou um pouco atrasado, mas não deixou de me avisar. Bem parecido com as fotos, fiquei interessada. Como éramos fumantes, escolhi uma mesa na calçada e pedimos uma cerveja. De cara, ele encheu o copo, bebeu em um só gole, acendeu o cigarro e aí o papo começou".
Carlos foi direto ao ponto. "Ele começou o assunto dizendo que era Deus e que levou apenas cinco minutos para chegar ao bar — de onde ele veio, não demoraria menos que 40 minutos. Garantiu que controlava o tempo e que o taxista não percebeu o quão rápido chegou até lá. Disse também que não comia há anos, pois não precisava disso", contou Luciana.
"Juro, ao mesmo tempo que eu tinha vontade de sair correndo, fiquei bastante curiosa em saber até onde iria aquela história. No décimo cigarro e trigésimo copo de cerveja, não me aguentei e perguntei porque ele fumava, já que Deus sabe o mal que o cigarro faz. Ele respondeu que, por ser Deus, podia fazer o que quisesse, afinal era imortal", riu.
Foram duas horas de monólogo até que Patrícia decidiu perguntar sobre catástrofes naturais. Sábio, Carlos respondeu: "Isso é uma ilusão na qual o mundo acredita. Se elas não existissem, qual seria a graça da vida?". Luciana desistiu e caiu fora, mas as tentativas de aproximação de Carlos continuaram. "De repente, ele parou de me procurar. Fiquei até preocupada, porque ele nitidamente estava em crise. Meses depois, ele me mandou uma mensagem dizendo que ficou dois meses internado. Perguntei se ele estava bem e adivinhem a resposta? 'Estou ótimo, descobri que não sou Deus, sou Buda'.
*Os nomes utilizados nesta reportagem são fictícios e visam preservar a identidade dos personagens
Sobre o blog
Notícias, curiosidades e muitas histórias de quem já se deu bem ou quebrou a cara nos apps de paquera.