Foi a timidez e a dificuldade de conhecer garotas que fizeram Gabriel, 24, apostar no bom humor para mudar essa realidade no Tinder. Sem molejo pra se descrever, o paulistano decidiu expor na descrição do aplicativo de paquera um de seus interesses mais peculiares: a paixão por pisos de madeira.

"Eu acho piso de madeira algo muito bonito e confortável, e sempre sonhei em ter um em casa – o que não consegui até hoje. Sempre brinquei com esse fanatismo quando ia à casa de amigos, eu pulava em cima do piso e já cheguei até a pedir um de presente de amigo secreto. Todo mundo recebia a piada muito bem. Quando eu criei minha conta do Tinder, em 2015, tive muita dificuldade na hora de descrever a mim mesmo, por isso pensei em usar o bom humor. Coloquei a paixão pelo piso de madeira na descrição e deu certo", disse Gabriel.

Muitas mulheres me davam like só para dizer que também gostavam e sonhavam com esse tipo de piso

O que o analista de automação comercial não esperava era que o interesse despertaria a atenção de tantas pessoas – e que tantas outras compartilhariam do mesmo sentimento por pisos de madeira. "Eu tive tantos, mas tantos matches… O piso de madeira sempre era o começo do bate-papo. Muitas mulheres me davam like só pra dizer que também gostavam e sonhavam com esse tipo de piso. Eu fiquei impressionado, nunca esperei essa reação".

Papo vai, papo vem, Gabriel conheceu sua ex-namorada no Tinder, outra apaixonada por pisos de madeira. "Ela era tão vidrada quanto eu. Fazíamos planos, dizíamos que íamos nos casar e que nossa casa seria todinha de madeira. Ficamos juntos por seis meses e foi uma relação incrível".

O sucesso no Tinder fez com que o paulistano acreditasse que o fã clube dos apaixonados por pisos de madeira poderia ser maior do que ele imaginava. Foi quando Gabriel criou a página "Eu amo chão de madeira", no Facebook, que hoje supera as 70 mil curtidas. "Tomei outro susto quando vi o hype que a página alcançou. Foi insano. Comecei criando alguns memes que foram bombando e, quando me dei conta, já tinha mais de 70 mil pessoas seguindo a minha página", relatou o jovem. "Eu tinha mais seguidores do que a conta da empresa onde eu trabalhava. As pessoas começaram a me procurar para eu prestar algumas assessorias, mas eu não sabia o que fazer. Fui apenas um sujeito de sorte", revelou.

Gabriel não quis se dedicar tanto à página, que foi deixando de ser evidência na rede social com o tempo. Hoje, ele assegura que aprendeu muito ao administrar seguidores, e isso inclusive garantiu a ele um novo emprego. "Sorte no amor e no jogo só os pisos de madeira puderam me proporcionar".